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quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Juiz dá 48 horas para o governo se posicionar sobre a suspensão dos eventos no RN

 


Após o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e a Defensoria Pública do estado entrarem na Justiça com uma ação para que o governo do RN proíba os grandes eventos de massa, o juiz responsável pelo caso deu prazo de 48 horas para o executivo estadual se posicionar sobre o assunto. A medida foi tomada ontem (25) e o magistrado pede o cancelamento das autorizações concedidas às promotoras de eventos para realização de shows e festas em locais abertos e fechados ou com grande público. As informações são do G1 RN.

Diante dos argumentos e da "repercussão pública da medida pleiteada", o juiz substituto Geraldo Antônio da Mota, da 4ª Vara da Fazenda Pública de Natal, pediu a intimação da Procuradoria Geral do Estado e do Secretário de Saúde, Cipriano Maia, "pessoalmente", para apresentarem justificativas no prazo de dois dias. Segundo a decisão, uma resposta deve ser dada para "decisão de urgência".

De acordo com o MPRN e a Defensoria, o pedido acontece diante da alta de casos de Covid-19, desde o aparecimento da variante ômicron, considerada mais transmissível, que culminou com o aumento de atendimento e internações nas redes pública e privada do estado.

A solicitação dos órgãos é para que o governo do RN altere o decreto estadual que entrou em vigência na última sexta-feira (21), que determinou a cobrança do passaporte vacinal em estabelecimentos, mas manteve autorizados os eventos de massa com o cumprimento de medidas sanitárias.

Em nota, o governo do RN disse que aguarda a decisão da Justiça sobre a ação e garantiu que o "acompanhamento e avaliação do cenário — não apenas em relação à covid-19, mas ao surto de gripe — vem sendo feito diariamente".

"O posicionamento do Governo do Estado, a despeito do decreto nº 31.265, de 17 de janeiro de 2022, é de permanente análise dos diversos indicadores para eventual tomada de decisão, independente do prazo de vigência dessas regras", citou a nota.

O governo ainda diz que as medidas adotadas recentemente, como a exigência do passaporte vacinal, "já apontam mudanças no cenário do número de vacinados: um aumento de 95,6% na procura pelas vacinas foi registrado, tendo como base comparativa o último sábado (22 de janeiro) com o sábado anterior (15 de janeiro). Os dados comprovam a importância da exigência do comprovante da vacinal".

Fonte: Portal 96FM

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